POR FAVOR DESLIGUE O COTONETE
Letras soltas em busca de um abrigo,
formando palavras, pensamentos
ousando um sentido…
não são promessas, tão-pouco memórias,
apenas histórias e pouco mais…
Quem nos defende da fúria das palavras?
Ora nos mimam e engrandecem,
ora nos atacam e nos privam de um sentido,
ora nos desprezam e nos faltam
com a imponência de quem sabe
que nem a sua ausência põe
em questão a sua importância…
Sussurradas, gritadas, soletradas ou declamadas
quem nos defende da fúria das palavras?
Quem em sua plena sanidade
jura encontrar-lhes um sentido
que gere um só entendimento,
que expresse um inquestionável pensamento
que a luz da discórdia não turve,
e a razão não negue quando tudo o resto partir?
Subjugadas a um qualquer raciocínio,
desconexas, abandonadas ao seu próprio destino
desdobradas, abreviadas, anacrónicas
quando descrevem o que ousamos esquecer,
inconvenientes quando vêm sem avisar,
mágicas se nos fazem sonhar,
sagradas se quisermos acreditar,
mas sempre levianas se descrevem sentimentos,
marionetas desobedientes do pensamento,
levando a lógica ao seu fatal destino,
prendam-nas, soltem-nas, dêem-lhe asas,
ou simplesmente ensinem-lhes o caminho
Quem nos defende da fúria das palavras?
POR FAVOR DESLIGUE O COTONETE
Dá-me vontade de te ter a meu lado
Vendo-te a olhar para mim
Sei que estou apaixonado
Mas não posso ficar assim
Deitado num rochedo canto para ti
Como um pássaro livre que voa sem fim
Porque é que a vida nos trama
Quando alguém se ama?
Ter de partir
E não poder sorrir
Porque é que choras?
Porque é que dizes o meu nome
Sem nunca me poderes tocar?Tenho saudades de te ver
Vontade de te abraçar
Sozinho tocando uma guitarra
Junto ao mar
Recordo-me de ti
E imagino porquê
A tua cara a flutuar
Porque é que a vida nos fascina?
Tantas vezes nos domina?
Acreditar que no amor
Não se sente a dor
Mas é mentira!
Mentira! Mentira!
Mentira BY João Pedro Pais
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